Parada do Monte
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Freguesia portuguesa extinta | ||||
Localização | ||||
Localização de Parada do Monte em Portugal Continental | ||||
Mapa de Parada do Monte | ||||
Coordenadas | ||||
Município primitivo | Melgaço | |||
História | ||||
Extinção | 28 de janeiro de 2013 | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 27,32 km² | |||
Outras informações | ||||
Orago | São Mamede |
Parada do Monte é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Melgaço, com 27,32 km² de área e 370 habitantes (2011)[1]. A sua densidade populacional era 13,5 h/km².
Foi extinta (agregada) pela reorganização administrativa de 2012/2013,[2] sendo o seu território integrado na União de Freguesias de Parada do Monte e Cubalhão.
População[edit | edit source]
População da freguesia de Parada do Monte [3] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
703 | 873 | 801 | 832 | 892 | 803 | 760 | 932 | 968 | 1 131 | 1 075 | 821 | 620 | 487 | 370 |
Distribuição da População por Grupos Etários | |||||||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | |
2001 | 61 | 37 | 226 | 163 | 12,5% | 7,6% | 46,4% | 33,5% | |
2011 | 24 | 29 | 152 | 165 | 6,5% | 7,8% | 41,1% | 44,6% |
Localização[edit | edit source]
A freguesia de Parada do Monte, situada aproximadamente no centro geográfico do concelho, dista doze quilómetros da Vila. Confronta com Cousso e Cubalhão, a norte, Lamas de Mouro, a nascente, Gavieira (Arcos de Valdevez), a sul, e Gave e Riba de Mouro (Monção), a poente.
É composta pelos seguintes lugares principais: Aldeia Grande, Coto Santo, Trigueira, Carrascal, Costa, Cortegada, Casal, Tablado, Chão do Bezerro, Pereiral, Lagarteira, Paço e Coto do Paço.
História[edit | edit source]
De acordo com o padre Aníbal Rodrigues, o seu topónimo deverá indicar a existência de uma antiga via romana e do sítio onde os viandantes, a pé ou a cavalo, costumavam descansar depois de uma longa e difícil caminhada.[4] De facto, praticamente nenhuma estrada romana deixa de ter na sua extensão os nomes que informam dos lugares nos quais os seus utentes retemperavam forças e aos animais substituíam as ferraduras – Parada ou Albergaria.
Foi vigairaria da apresentação do reitor de Riba de Mouro, no termo de Valadares. O reitor apresentava o vigário colado, que tinha de rendimento cento e trinta mil réis.
Em Vale de Poldras, nos limites da velha paróquia, havia um couto, armado e defendido por Paio Rodrigues de Araújo. Em 1720, o couto era ainda registado, possuído pelo sexto neto do dito Paio, Manuel de Araújo Caldas, de Valadares. Tinha já perdido, todavia, a maioria dos seus antigos privilégios.
Pertenceu ao antigo concelho de Valadares até á sua extinção, em 24 de Outubro de 1855. Passou então a integrar o concelho de Melgaço.
A paisagem e o modo de vida estão definitivamente marcados pelos rios Mouro e Mourilhão, que atravessam a freguesia. É uma beleza natural, digna de ser admirada, mas resulta também num forte contributo para o enriquecimento destas terras férteis em milho e batata, em pinhais, santuário de vegetação rasteira, como a urze ou a carqueja, e onde a matança da rés é a fartura das mesas do povo.
Segundo o padre Carvalho, “nestas montanhas, onde há muita caça e veação”, aqui se fazia o melhor burel das ovelhas galegas de todo o mais reino, donde é muito procurado, para cobertas de camas de lavradores, ou criados, e ainda de muitos nobres para as meterem entre cobertores, é muito branco, grosso e macio.
De algum interesse arquitectónico, merecem referência a igreja paroquial, do século XVIII, sem estilo definido, e um conjunto de alminhas, resguardadas por grades de ferro, onde os fiéis depositam as suas dádivas, especialmente constituídas por espigas de milho.
O orgulho das gentes de Parada do Monte é o seu Grupo de Gaiteiros e o Grupo Coral.
Religião[edit | edit source]
O aspecto religioso é muito marcante, havendo capelas em todas as brandas e em alguns lugares da freguesia, onde acontecem festas religiosas, significando um momento de fé e convivência.
Festas religiosas[edit | edit source]
Festa do Menino (1 de Janeiro) Festa em honra de S.Marcos (Domingo a seguir ao 25 de Abril) Festa em honra de Nossa Senhora da Ajuda (Último Domingo de Maio) Festa em honra de Santo António (Domingo após 13 de Junho) Festa em honra da Senhora da Vista (Primeiro Domingo de Agosto) Festa em honra da Senhora da Aparecida (Segundo Domingo de Agosto) Festa em honra de S. Mamede, Padroeiro (17 de Agosto) Festa em honra da Senhora do Rosário (Domingo após o 17 de Agosto)
Ligações externas[edit | edit source]
Referências
- ↑ «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)». Informação no separador "Q601_Norte". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 3 de Março de 2014. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2013
- ↑ Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- ↑ Infopédia. «parada | Definição ou significado de parada no Dicionário Infopédia de Toponímia». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 17 de março de 2021